O Ricardo Costa, que é um tipo que até aprecio, tem uma irresistível (para ele) tendência para, digamos, dar um toque de conversa de café aos comentários e, principalmente, às entrevistas que faz, adornando as últimas de opiniões pessoais, que eu qualificaria muito simplesmente de “bitaites”.
A mais recente demonstração desta idiossincrasia foi ontem, durante a entrevista a Sócrates. Quando questionava o PM sobre a constitucionalidade da Lei dos Açores não lhe passa mais nada pela cabeça senão dizer algo como: “Aposto que não a vão considerar constitucional, aposto!”, enquanto se empertigava e endireitava na cadeira. Digamos que não é – pelo menos na minha opinião – a melhor tirada que um entrevistador pode ter. Aposto eu!
Está a seguir as pisadas do seu mentor Mário Crespo. Ainda me lembro da entrevista ao responsável pelos ataques ao milho transgénico, um bom ralhete de pai para filho!
Eheh, por acaso.
Mas o caso do MC e diferente. Ele tem um programa que está feito propositadamente para ter essas, digamos, “peculiaridades”. Não é um tradicional, mas mais um espaço de opinião onde até o apresentador a tem.
O meu favorito foi o “ficamos aqui a falar de ventoínhas até à meia noite”.
Eu sabia que ele tinha dito uma genial, mas já não me lembrava qual era! Obrigado, Gil!
Ele disse isso?
Inacreditável!