A recente campanha eleitoral para as presidenciais tem sido muito útil para nos revelar uma série de coisas que ainda não sabíamos sobre os nossos candidatos. Assim, ficámos a saber:
– Que Cavaco é e sempre será o bonus pater familias, surgindo sempre radiante, adornado com a sua Cavaca, que por sua vez se adorna sempre com qualquer coisa carnavalesca para dar umas beijocas nos pobrezinhos, que Deus os tenha. E que, por outro lado, continua com a mesma imagem psicadélica de si mesmo, característica a que já nos habituou sobejamente: homem honesto, apesar das amizades; modesto, apesar dos investimentos; visionário, apesar de nunca ter previsto porra nenhuma;
– Que Alegre continua sem nada que o faça valer para além do seu passado de resistência, que de há 30 anos tem vindo a utilizar para resistir a qualquer tipo de trabalho. E que também gosta muito dos pobrezinhos, claro (ai do Cavaco que insinue gostar mais do que ele, aliás).
– Que o candidato do PCP – sim, esse – é mais um Jerónimo de Sousa, que por sua vez é mais um Carvalhas, que por sua vez é um Cunhal a Xanax (sendo que para mim foi o candidato revelação);
– Que Defensor Moura e Francisco Nobre não conseguiram constituir-se como alternativas credíveis, sendo que parece não haver qualquer hipótese contra a máquina.
Não hesite, caro eleitor. Crie uma história aos quadradinhos que caiba num boletim de voto (aceitam-se outras sugestões) e “vote ordeiramente” (só de imaginar uma segunda volta… Se fosse pobre bem que preferia estar sossegado no meu caixote de cartão canelado em vez de estar enfiado num salão cheio de bandeirolas da JSD da “Juventude que apoia Cavaco” (true story) – já agora, porque não “Mocidade”?).