Como quem me conhece bem sabe, sou exímio a falar de assuntos que não se revestem de qualquer interesse.
Como tal, vou continuar a falar do Ídolos, desta vez a propósito de umas declarações que me pareceram um tanto ou quanto falsas, daquele que é actualmente o guru do management de artistas portugueses: Manuel Moura dos Santos.
Concordo com 99% das coisas que o homem diz. É, notoriamente, alguém que sabe bem como funciona a máquina e o meio e, que com toda a certeza, merece cada cêntimo que lhe pagam. Mas há coisas que diz sem pensar que saberá (porque apesar da boçalidade-chic que utiliza para se exprimir não é burro nenhum) não serem verdade.
Dizia ontem a uma candidata que “não conhecia nenhum artista que não tocasse o que gostasse”. Tem toda a razão. Provavelmente não conhece. Mas conheço eu: músicos brilhantes que dão a perninha em álbuns e espectáculos deprimentes porque têm contas para pagar e porque não vivem de cachês milionários como os artistas que MMS agencia.
Mas vocês também conhecerão, com toda a certeza. Bandas portuguesas que agarram em hits seus para promoções do Jumbo, por exemplo. Ora aí está tudo aquilo que eu não gostaria de fazer caso fosse músico. Caso fosse, claro.