Eu e a D. Alzira do R/C Esquerdo devemos ser as únicas pessoas no mundo que ainda não viram o tão badalado “Avatar”. Devíamos, quero eu dizer, já que ontem este vosso blogger pôs termo a esse crime hediondo que se arrastava desde 2009 (e já nada posso fazer quanto ao facto de não o ter visto em 3D, o que parece despertar um misto de compaixão e censura junto da maior parte dos meus amigos).
E devo dizer que gostei. Nunca me tinha apercebido pela crítica que se tratava de um caldo de “Dança com Lobos” com “Star Wars” e “Pocahontas”, com inúmeras sequências e reviravoltas hollywoodescas. Sem exageros, no entanto, como acontece com o inenarrável “2012” (uma versão ainda pior de “O Dia Depois de Amanhã”, que pelo menos era minimamente sério). Percebe-se que o filme é de James Cameroon. E percebe-se que tinha que agradar a um público variado para pagar os terabytes de efeitos especiais (aqui notoriamente evoluídos).
Um ponto a favor é a metáfora da guerra com os “Na’vi” (o povo azul que ocupa Pandora) para criticar a intervenção americana no Iraque. Isso e a mentalidade de “war veteran” estão bem explorados no filme.
Um ponto contra: os diálogos e, como já disse, algumas sequências de acção tão hollywoodescas que “Pandora” chega a parecer um parque temático da “Universal Studios”.
Como já perceberam, não tenho nada de extraordinário para dizer sobre o filme (presumo que já esteja tudo dito, aliás), mas recomendo-lhe. A si, D. Alzira, claro.
A D. Alzira (eu, portanto) recebeu a mensagem. Resta saber se vai seguir o conselho… 😉