Um grupo de “cidadãos” juntou-se e formou um blog para fazer campanha pelo PS. Pelos vistos, isto está a indignar muitas almas. Um dia gostava de perceber por que razão estão as pessoas proibidas de manifestar o seu apoio aos partidos. É como se fossemos todos obrigados à auto-flagelação política: quem não diz mal é olhado com desconfiança, um carneirinho, etc.
Embora me esteja pouco marimbando para o “Simplex”, apoio quaisquer outras iniciativas que surjam, noutros partidos, com o mesmo fim. O que não significa que não desanque o que por lá escrevem, caso haja razão para tal. Pérolas destas, por exemplo: “(…) que o Partido Socialista ganhe as eleições de 27 de Setembro próximo, de preferência com maioria absoluta. Só ele pode contribuir decisivamente para que Portugal se mantenha na vanguarda política do século XXI…”
Não sei se o Partido Socialista “pode contribuir decisivamente para que Portugal se mantenha na vanguarda política do século XXI”. Mas que se mantém na vanguarda das campanhas eleitorais, lá isso mantém.
Este tipo de coisas até me revoltam! É por isto que a política está como está e nós não vamos a lado nenhum! O que está a dar – já estava, mas mais ainda com o surgimento da blogoesfera – é fingir-se de intelectual, criticar o que nos apetece, elogiar de vez em quando, fazer-se uns posts sobre livros e filmes e desancar tudo o que tenha o mínimo de comprometimento à mistura.
É bom que haja crítica. Mas quando há um tal desequilíbrio entre o número de pessoas a criticar e o número de pessoas a apoiar, louvo cada projecto destes. Principalmente, como é o caso, quando é composto por pessoas inteligentes. Infelizmente o PS não é o meu partido. Se fosse, mais ainda gostaria.