1. A escolha do Chile terá sido porque o sistema teve uma aplicabilidade brilhante?
2. Terá sido porque os professores consideram muitíssimo justo este processo?
3. Será porque este sistema melhorou efectivamente a escola pública chilena?
4. O mérito dos melhores professores é reconhecido de modo inquestionável?
Um comentário simples responde genericamente às minhas dúvidas:
“Como noticiámos em edições anteriores, há mais de dois meses o Chile vem sendo palco de manifestações e protestos de estudantes e professores contrários à reforma educacional. Segundo os manifestantes, a legislação educacional de Bachelet não atende as reivindicações para que se construa uma educação pública e de qualidade. A nova legislação seria apenas a continuidade da lei educacional de Pinochet, que vigora no Chile desde 1990.
Mesmo após o parlamento chileno ter aprovado a nova legislação educacional, estudantes e professores chilenos seguem em luta nas principais cidades chilenas. Colégios e universidades continuam ocupados, assembleias com centenas de estudantes têm sido realizadas e muitas avenidas tomadas pela marcha contra a Lei Geral da Educação de Bachellet”
in http://www.transicao.org
Com base nestas respostas negativas às minhas questões, será que os objectivos da escolha deste modelo de avaliação não seriam, ao invés de valorizar o mérito, contribuir para a melhoria do ensino e para o progresso da escola pública, outros de carácter mais obscuro e perverso?