Ehud Olmert, presidente israelita (ou israelense, “à brasuca”), anda deseperado. Com o poder por um fio, consequência duma acusação de recebimento de fundos ilegais para uma campanha que pende sobre si, tenta por todos os meios agarrar-se ao poder.
O homem está, porém, longe de ser parvo, e engendrou uma estratégia inteligente: desatou a encetar vias diplomáticas com vista a acordos nas áreas mais importantes da política externa de Israel. Primeiro, aproximou-se de Bush e, com a ajuda deste, deu alguns passos de aproximação a Abbas (até chegou a terminar os ataques na Faixa de Gaza). Posteriormente, deu permissão à Turquia para mediar as negociações com a Síria, com vista a um acordo que ponha fim ao diferendo que opõe os dois países há décadas. Recentemente, por ocasião do fórum da União para o Mediterrâneo, em Paris, não perdeu tempo e tratou de fazer progressos. Reuniu com Abbas e com o primeiro-ministro turco. Na noite da cimeira, “dizem as más línguas”, chegou a ensaiar uma troca de olhares com o presidente sírio que, infelizmente para o enamorado Olmert, não foi correspondida.