Sigur Ros – uma autêntica maravilha do Mundo

Aproveito um comentário que fiz a um post anterior para escrever um pouco sobre aquela que é, talvez, a minha banda internacional favorita da actualidade: os FABULOSOS SIGUR ROS.

Vêm da Islândia, formaram-se na década de 90 e já lançaram 4 albuns de originais e uma colecânea de raridades e temas acústicos. Não fazem música fácil, desde logo pela descontrução sonora que realizam e porque cantam em islandês ou num dialecto próprio, também absolutamente incompreensível. No entanto, a música etérea que nos dão é absolutamente arrepiante e causa em nós uma extraordinária sensação de bem-estar. Parece autenticamente que estamos a planar no céu (pelo menos é essa a sensação que fico, eu e os muitos fãs que a banda tem espalhados pelo Mundo, entre os quais se encontra Tom Cruise, que inclusive declarou só aceitar fazer o filme Vanilla Sky se incluisse uma musica dos Sigur Ros na banda-sonora).

Para perceberem do que estou a falar aqui ficam dois extraordinários vídeos. Não hesitem em “perder” alguns minutos para os ver. De certeza que não se vão arrepender.

 

Estes dois vídeos são excertos do incrível e muito bonito DVD Heima (lançado no final do ano passado), retrato da digressão que eles fizeram pela sua Islândia Natal e em que tocaram nos sítios mais improváveis (desde aldeias e montes desertos até fábricas abandonadas), com o objectivo de criar um cenário intimista ideal para uma maior partilha e comunhão da música dos Sigur Ros com os seus conterrâneos.

P.S.: O novo album está aí mesmo a sair, mais propriamente dia 23 de Junho. Já ouvi dois temas (“Gobbledigook” e “Festival”), mas estou ansioso por ouvir o album todo e por vê-los ao vivo. Espero que a futura digressão passe novamente por Portugal. Já tinha muita vontade de os ver ao vivo, mas depois de ter visto o DVD essa vontade aumentou exponencialmente.

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15 respostas a Sigur Ros – uma autêntica maravilha do Mundo

  1. Miguel Pessoa Vaz diz:

    Acho que não devias ter posto este post a apenas 2 post’s de distância daquele do Zé.
    Uma pessoa que comece a ler por baixo, vê o video dos Queen e fica com água na boca. Depois vê estes e pronto… É um bocado desilusão…:P
    Mas também tem uma coisa boa: se uma pessoa começar a ler por cima e vir estes, quando chegar ao dos Queen vai parecer ainda melhor do que já é…(o que é impossivel) 😛

  2. António P. Neto diz:

    É o que há em comum entre ti e uma adolescente de 14 anos fanática pela Britney Spears. Não ouvem nada diferente e não admitem que haja alguma coisa melhor 😀

  3. Miguel Pessoa Vaz diz:

    Ouço várias coisa diferentes…E admitiria, se houvesse alguma coisa melhor! Já eu conhecia alguém que não admitia isso em relação ao Jack Johnson…:P

  4. José Maria Pimentel diz:

    “Já eu conhecia alguém que não admitia isso em relação ao Jack Johnson…”

    Eheheh

  5. António P. Neto diz:

    Posso admitir que no calor da discussão tenha dito que não havia melhor guitarrista (admitindo logo de seguida que estava errado), mas hoje posso afirmar com certezas que no género a que o Jack Johnson pertence (guitarra acústica e voz – falo mais dos seus primeiros CD’s, e não destes últimos) é provavelmente o melhor, ou está, decididamente, entre os melhores.

    Depois, a tua primeira frase (“admitira, se houvesse alguma coisa melhor”) é uma falsa suposição, que não acrescenta rigorosamente nada. A adolescente de 14 anos fanática pela Britney Spears poderia dizer exactamente o mesmo, e teriam os 2 (ela e tu) a mesma dose de razão.

    Por último, eu não tenho a mínima dúvida que a única razão pela qual os Queen continuam “no ar” (apesar de se estarem a esbater – e não digo que isto seja bom, já que revela a deterioração dos gostos musicais, com a proliferação de géneros bacocos como o Reggaton, o o chamado Hip-hop, que subsistem apenas porque têm atrás uma poderosa indústria) é pelo simples facto de o fenómeno que o Fredie Mercury era na altura ter terminado com uma morte pouco esperada, que conferiu uma aura de misticismo ao grupo (a prova de que os Queen eram o Fredie Mercury está na sua incapacidade de se reinventarem sem ele). Se ainda existissem (a sério) seriam muito proavelmente, uns Rolling Stones, um produto cultural dos anos 80 obsoleto, que apenas arrastaria, na actualidade, carcaças. Mais uma banda de rock, no fundo. O que não significa que fossem piores, antes pelo contrário. Mas, na minha opinião, são mais um fenómeno social que um fenómeno musical. O que não significa, atenção, que fizessem má música – muito pelo contrário…

  6. João Torgal diz:

    Em vez de mandarem bocas sobre outras coisas, vejam, ouçam e sintam os vídeos e depois façam comentários sobre os Sigur Ros (e não sobre os Queen, a Britney Spears ou o Jack Johnson que neste caso não são para aqui chamados)

  7. Torgal, embora não conheça muito de sigor, aqui fica a minha preferida (provavelmente a mais conhecida) – http://youtube.com/watch?v=doc1eqstMQQ

  8. maria diz:

    João, não vale a pena amuares …
    Pareces, não uma adolescente fã da Britney, mas um puto do infantário que chega com um brinquedo novo (chato) e fica lixado porque os amigos em vez de lhe prestarem vassalagem preferem brincar com uma bola velha mas divertida.

  9. José Maria Pimentel diz:

    Ihihih!

  10. Miguel Pessoa Vaz diz:

    Maria…:D

  11. João Torgal diz:

    Pedro, o “Glosoli” foi o 1º single do ultimo album (“Takk” de 2005). É muito fixe mas não é das minhas preferidas.

    Maria, não sei quem tu és, mas é preciso ter lata…
    Em todo o caso, quero-te agradecer o comentário. Dado que eu não faço a mínima ideia quem tu sejas e dado que não é hábito efectuares comentários no blog, estou-te grato por teres perdido algum do teu precioso tempo a efectuar um comentário neste post sobre os Sigur Ros. Não foi de maneira nenhuma um comentário construtivo, mas também não se pode ter tudo

    P. S. Como devem imaginar, não fico nada chateado se não ouvirem esta banda. Quem perde não sou eu, são vocês

  12. Joao Gil diz:

    Não trocava um concerto de Sigur Ros por um dos Queen nem que me prometessem que o Freddie Mercury em pessoa se levantaria da campa no 2º encore. Mas enfim… são gostos. Para quem gostou dos vídeos recomendo vivamente, mesmo sendo alguns um pouco mais “pesados”:
    Boris
    Earth
    Godspeed You! Black Emperor
    Cult of Luna
    ISIS
    Neurosis
    Sunn O)))

    Quanto à discussão inicial, e sem querer menosprezar os Queen, dizer que a música perfeita está na simplicidade do “Ré-Sol-Dó-Sol-volta-tudo-ao-início” do Crazy Little Thing Called Love é como ir ao Prado e dizer que bonito, bonito é o sorriso de uma criança ou as rugas na face da minha avó. Pode até funcionar para vender azeite extra-virgem mas não deixa de ser uma tontice sem sentido.

  13. João Torgal diz:

    Gil, os meus parabéns pela fabulosa comparação que fizeste na parte final do comentário. Disseste o que eu penso com uma classe brutal

    Relativamente às bandas que disseste já ouvi algumas coisas de Isis, Neurosis e Cult of Luna (aquilo a que chamam o pos-metal) e, não lhes tirando nenhum mérito, pois é uma questão de gosto, são tendencialmente bandas “demasiado pesadas” para mim. Quanto aos God Speed Black You Emperor, ando há não sei quanto tempo para ouvir qualquer coisa deles. Acho que vai ser desta.

    Finalmente, ainda em relação a alguma semelhança com os Sigur Ros (embora muito muito tenúe), prefiro os bem mais “tranquilos” Mogwai ou Eluvium.

  14. João Torgal diz:

    Embora também não tenha assim grandes semelhanças, outro grupo com alguns toques dos Sigur Rós são os Explosions in the Sky.

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