Todo o respeito por este dia, por aqueles que recorda e por aquilo a que remonta. Gosto particularmente de notar a forma como é festejado mundo fora nas comunidades emigradas. Até aqui tudo bem… Agora dia da “raça” é que não. Dizer isto é tratar os Portugueses como cães. Podia ser engraçado no tempo do Hitler, nos anos do Mussolini. Hoje em dia pode ser muito bem visto naquelas comunidades da Carolina do Sul, da Georgia ou do Alabama, mas eu não sou nenhum cão.Um traste que diz isto só o pode fazer num país num estado de atraso tão grave como este. Onde as duas maiores provas disso são o facto de ser ele o representante-mor (ai eu votei nele, que quando ele lá tava recebi aumento e comprei o meu Ford Fiesta, aí é que o país andava pra frente!) deste atraso e a ingénua mesquinhez com que meia dúzia de gatos pingados (mal) se insurgiram contra isto. Chamam-me extremista por dizer que se devia deportar os estrangeiros que cometem crimes e depois admitem que um dos representantes principais venha falar e insistir na ideia de celebrar o dia da raça?! Onde fui eu acordar…
O espelhar de todo o desrespeito pelos emigrantes (deixa-os ‘tar, eles hadem voltar), por Camões (quem?) e por todos os portugues (os cães).
Não interessa trabalhadores nem criminosos, saudáveis ou doentes, se têm uma licenciatura ou os “amigos certos”, o que interessa é carro, telemóvel e o dia da raça para fazer ponte e ir até Quarteira…
Tudo bem que a expressão não é de longe a melhor, que não reporta a tempos propriamente bons, mas haver políticos preocupados com uma frase do Presidente da República em vez de se preocuparem com os problemas realmente importantes que o país atravessa…é por isso que as coisas andam como andam…toda a gente se preocupa em notar no que os outros dizem, em dizer que os outros fizeram mal e no fim de contas ninguém faz nada para melhorar a situação do país…
Este discurso do Cavaco é muito muito interessante.
O homem é o paradigma da discrição, fazendo sempre um esforço hercúleo para não deixar “transpirar” nenhuma opinião.
Então e não é que num discurso (note-se, não numa entrevista em que é interpelado) refere diversas (sim, não foi só uma, ou seja, não foi engano) vezes a palavra “raça”?
Das duas uma, ou teve uma clara intenção de lançar o debate sobre o tema (o que diz muito) ou desconhecia por completo a “conotação” da expressão.
Não sei qual das duas hipóteses será mais elucidativa…
Zé, a 2ª hipótese, provavelmente
Vê-se perfeitamente que o Cavaco, para além de extremamente calculista, é um homem sem cultura e isso é demonstrado nas intervenções ocas que faz sobre praticamente tudo o que não seja questões económicas. Como tal, é normal que nem sequer tivesse noção do que estava realmente a dizer