Se as directas do PSD fossem uma série de televisão, o meu candidato seria, sem qualquer tipo de dúvida, Alberto João Jardim.
Se tivesse a certeza que não ganharia, seria, ainda, o meu candidato.
Infelizmente, nada disto é garantido, pelo que espero que não avance. E não o fará, estou convicto. Jardim está nas suas sete quintas. Avança, recua, dribla, diz isto para amanhã dizer aquilo. Bate nuns, bate noutros. Está numa posição bastante agradável, pois todos o ouvem e pode ir-se divertindo com os fait-divers da vida interna do PSD para depois voltar, de barriga cheia, à “paz” madeirense e descansar, fumando o seu profundamente “pensativo” charuto.
É minha convicção que, a dar o “salto” para o continente, Alberto João Jardim já o teria feito, à imagem de Mota Amaral. Tê-lo-ia feito quando ainda não estava “colado” à imagem de político regional, e pior, político regional da Madeira.
Por estes dois motivos, penso que, à última, vai deixar cair a hipótese da sua candidatura, e deixar, como sempre, as quezílias do PSD entregues aos “bastardos do continente” (para manter a seriedade deste Blog abstenho-me de continuar a citação)
1º comentário: 5 estrelas para a foto, não podia ter sido melhor escolhida e estar mais de acordo com o post.
2º comentário: Estou de acordo contigo em quase tudo, excepto numa coisa. É que, mesmo sem ter a certeza que ele iria perder, gostava na mesma de o ver candidato. Por um lado, porque a percentagem de Jardim nas directas seria uma espécie de barómetro do ponto em que está a esquizofrenia do PSD e do país em geral. Por outro, porque acreditando ainda um pouco no bom-senso das pessoas, ele perderia e perderia bem. E, sendo assim, talvez ganhasse vergonha e começasse a dizer barbaridades com menor assiduidade, ao mesmo tempo que talvez começasse a haver maior coragem pública de o meter na ordem, acabando com o facto de ele impunemente dizer o que quer e bem lhe apetece com a total conivência e cumplicidade do partido, do país e até mesmo da comunicação social que, apesar de insultada à grande pelo AJJ, ainda lhe presta alguma vassalagem e lhe dá muito mais tempo de antena do que devia.
Um candidato forte para o PSD nunca pode ser uma solução de rotura com as politicas do actual executivo. Já não há lugar a ideologias. As únicas ferramentas que se podem usar e ter efeitos a menos curto prazo que a duração de um mandato, são a política orçamental e uma ou oura medida social avulsa. Por isso a “obsessão” pelo deficit publico, terá de ser corroborada por qualquer governo responsável no futuro. Jardim é um pirotécnico, só Ferreira Leite pode apresentar um programa credível, até porque muitas das flores que o PS apresentou, em especial no dominio fiscal, tiveram origem no trabalho dela no ministério das Finanças.
Torgal,
1. A imprensa quer notícias. Toda a gente gosta de ler noticias sobre o AJJ (eu, pelo menos, gosto). Outra coisa é prestar-lhe vassalagem, coisa que já não me parece que aconteça. Nem a ele nem ao Santana Lopes. A imagem passada sobre ambos é bastante clara e, normalmente, nada positiva.
2. No longo prazo (já que no curto desejo uma maioria absoluta do PS), é péssimo para a democracia uma implosão do PSD. Com AJJ, há um sério risco de isso acontecer. Por isso é que não quero que se candidate. Se fosse um exercício efémero adoraria. Seja pelos momentos hilariantes que, certamente, me proporcionaria, seja pelo que referiste: o teste ao modo de pensar do PSD.
Kermit,
A política orçamental não pode ser usada, visto o défice estar ainda bem perto dos 3%. Aliás, esse é precisamente o nosso problema. Mas de resto, concordo. Nesse campo há pouca margem para negociação (embora haja alguma. Estava talvez na altura de o governo deixar de apostar tudo nas receitas altas e diminuir os gastos).
Para este nosso maravilhoso Presidente da Republica talvez Jardim fosse um grande candidato. Visto que lhe andou a lamber o rabinho a duas semanas de uma maneira que eu nunca tinha visto. Foi uma vergonha! Como e’ que alguem que goza com todos os portugueses do continente e Acores quase todos os dias, pode ser tao elogiada por uma pessoa que representa todos os portugueses? A AJJ nem os seus queridos madeirenses escapam, visto que os poucos que nao votaram nele sao todos representados por um “bando de loucos” que estao na Assembleia. Parece que essas palavras vergonhosas bateram na cabeca oca de Cavaco e nao tiveram qualquer efeito. Grande Presidente temos no’s…
P.S. – Peco desulpa pelos erros ortogr’aficos.
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