Após um advogado de defesa ter suscitado, nos EUA, a dúvida sobre a constitucionalidade da injecção letal que é normalmente ministrada aos condenados à pena de morte, renasce o debate sobre a constitucionalidade de uma pena que ataca o direito fundamental que deveria estar plasmado em todas as constituições, de todos os ordenamentos: o direito à vida. Pelos vistos, nos EUA, continua-se a procurar uma maneira constitucional de matar, e a decisão do Supreme Court parece apenas vir apoiá-la.
O PSD continua empenhado no seu processo de auto-flagelação: desta vez com uma inacreditável postura em relação a um assunto tão banal como a contratação de uma jornalista para conduzir um programa temático sobre o qual tem trabalho feito. A devassidão com que se ataca a vida do PM e a inoquidade do discurso denunciam o estado em que se econtra o principal partido da oposição neste país.
Alberto João Jardim continua em grande forma. Desta vez não permitiu a Cavaco Silva ser recebido na Assembleia Regional, somando a essa democrática e saudável decisão um carinhoso insulto à oposição parlamentar: “um bando de malucos”.
É curioso reparar na tolerância que existe para com os dislates de Jardim. Se o homem não conseguiu a independência formal, a material parece ter conseguido (naquilo que lhe interessa, obviamente), já que o PR nem sequer se importa com as facadas que este dá na Constituição quase que semanalmente. O nosso Kadafi chegou a um ponto tal de impunidade que não há nada que o tire do lugar que ocupa…